A primeira Libertadores do São Paulo: bastidores, heróis e o nascimento de um gigante continental
Em 17 de junho de 1992, o São Paulo Futebol Clube se eternizou no cenário sul-americano. Aquela noite, no lotado Estádio do Morumbi, marcou não apenas o fim de uma campanha brilhante, mas o início de uma era: a era vitoriosa de um gigante continental. Vencer a Libertadores pela primeira vez era o sonho de uma torcida apaixonada, e naquele dia, o sonho virou história.▶️ Veja os melhores momentos dessa conquista histórica (Créditos: Canal “MORUMBITECA” no YouTube).
O caminho até a glória
A trajetória do Tricolor na Libertadores de 1992 foi marcada por superações e atuações memoráveis. O grupo comandado por Telê Santana, técnico exigente e visionário, começou a fase de grupos enfrentando equipes do Brasil e Bolívia. A campanha sólida colocou o São Paulo como um dos favoritos ao título.
No mata-mata, o time demonstrou maturidade, personalidade e futebol ofensivo. Comandados por um meio-campo cerebral e um ataque mortal, o Tricolor superou Nacional (URU), Criciúma e, por fim, o poderoso Newell’s Old Boys, da Argentina.
Os bastidores da final
A final teve dois capítulos. No jogo de ida, derrota por 1 a 0 em Rosario. No Morumbi, o time precisava vencer. Telê, conhecido por seu perfeccionismo, blindou o elenco. Treinos secretos, concentração total e motivação à flor da pele. Dizem que, na preleção, o professor apenas olhou nos olhos de cada jogador e disse: “Vamos entrar para a história.”
O São Paulo venceu por 1 a 0, com gol de Raí, e levou a decisão para os pênaltis. Foi quando surgiu Zetti, o paredão tricolor, defendendo cobranças e selando a primeira taça da América para o clube do Morumbi.
Os heróis de 1992
Impossível não reverenciar os protagonistas dessa epopeia:
- Zetti – herói nos pênaltis e segurança durante toda a campanha.
- Cafu e Ronaldo Luís – laterais incansáveis, marcaram e apoiaram o tempo todo.
- Adílson e Ronaldão – firmes na zaga.
- Pintado e Toninho Cerezo – pulmões do time.
- Raí – o craque, o líder técnico e moral, autor do gol da final.
- Palhinha e Müller – dupla de ataque que bagunçava as defesas adversárias.
E claro, Telê Santana, o maestro. Sua visão de jogo e exigência por futebol bonito marcaram uma geração inteira.
O nascimento de um gigante continental
A conquista da Libertadores de 1992 mudou o patamar do São Paulo. Era o início de uma era de ouro. No mesmo ano, veio o título do Mundial Interclubes sobre o Barcelona. Em 1993, o Tricolor repetiria a dose na América. Aquele time formou a base da maior fase da história do clube.
Mais do que um título, a primeira Libertadores consolidou o São Paulo como gigante. Nascia ali o DNA vencedor que moldaria o Tricolor pelos anos seguintes.
Um legado que atravessa gerações
Para os são-paulinos, 1992 é mais que uma data. É um símbolo. É lembrar de Telê, Raí, Zetti… É reviver noites mágicas no Morumbi. É entender que, sim, o São Paulo nasceu para ser grande.
E você, torcedor? Onde estava naquela noite? Comente abaixo e compartilhe sua lembrança dessa conquista inesquecível.