⚠️ Jogadoras acusam árbitro de falas preconceituosas durante jogo do Paulistão Feminino
Uma situação grave marcou a partida entre Red Bull Bragantino e São Paulo, válida pelo Paulistão Feminino Sicredi, nesta quinta-feira (15). Jogadoras das duas equipes denunciaram falas machistas e ameaçadoras por parte do árbitro Juliano José Alves Rodrigues. No entanto, o episódio não foi sequer mencionado na súmula oficial do jogo.
A denúncia foi feita por Stella Terra, do Bragantino, e Aline Milene, do São Paulo, ainda em campo e reforçada após o apito final. Ambas relataram atitudes desrespeitosas e ameaçadoras, que ocorreram durante o segundo tempo da partida.
✋ Gesto de denúncia ignorado pelo árbitro
Aos 20 minutos da segunda etapa, Stella realizou o gesto de protesto orientado pela Federação Paulista de Futebol — braços cruzados acima da cabeça, sinalizando que estava sofrendo uma situação de preconceito. A árbitra assistente, os colegas de time e a adversária Aline perceberam o ato. Mesmo assim, o jogo seguiu normalmente e a arbitragem não reagiu.
“Fiz o sinal, mas nada aconteceu. Ele virou pra mim e disse: ‘Na hora certa, vou te pegar’. Todo mundo ouviu falas machistas e preconceituosas. É uma situação muito triste. Medidas precisam ser tomadas.”
— Stella, jogadora do Bragantino, à TNT Sports
“Isso não pode acontecer no futebol feminino. Ele falou que daria falta quando quisesse. Quando a Stella fez o gesto, falei pra parar o jogo. A gente precisa ser respeitada.”
— Aline Milene, jogadora do São Paulo
🧾 Súmula sem menção ao episódio
Apesar da seriedade da denúncia e do sinal oficial feito por Stella, a súmula do árbitro Juliano José Alves Rodrigues informa que “nada houve de anormal” na partida. O silêncio no documento oficial gerou revolta e aumentou a pressão por providências.
📢 Clubes se manifestam em apoio às atletas
Tanto o Red Bull Bragantino quanto o São Paulo FC se pronunciaram por meio de suas redes sociais. Ambos expressaram apoio às atletas e cobraram investigação rigorosa por parte da Federação.
“Nosso clube sempre prezou pelo respeito e dignidade para que as mulheres tenham o direito de exercer seu trabalho com profissionalismo. Repudiamos toda e qualquer atitude discriminatória e esperamos a apuração dos fatos pela Federação Paulista.”
— Red Bull Bragantino
“O São Paulo se solidariza com as atletas Stella e Aline. Não toleramos atitudes como essas e confiamos que a justiça será feita.”
— São Paulo FC
🏛️ O que diz a Federação Paulista de Futebol
Em nota oficial, a FPF informou que recebeu os relatos com seriedade e que já iniciou uma apuração rigorosa do ocorrido. A entidade reforçou o compromisso com a integridade, igualdade e respeito no futebol.
“A FPF não tolera, sob nenhuma circunstância, atitudes preconceituosas, discriminatórias ou desrespeitosas. Toda manifestação contrária aos valores de igualdade será apurada com rigor. O futebol paulista deve ser um espaço seguro e inclusivo para todas as pessoas.”
🤝 Mais que denúncia: é um pedido de respeito
O episódio lamentável expõe uma realidade que muitas mulheres no futebol ainda enfrentam: a de ter que lutar não apenas pela bola, mas por respeito. A coragem de Stella e Aline, ao se posicionarem diante de um jogo ainda em andamento, é um gesto de resistência que precisa ser valorizado — e ouvido.
Este não é um caso isolado. É um alerta. E para seguir acompanhando os desafios, vitórias e bastidores das atletas do Tricolor, visite também nossa editoria de Futebol Feminino.
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