Com o mercado da bola prestes a reabrir, o São Paulo traça uma estratégia clara e realista para a próxima janela de transferências. Em meio à expectativa da torcida por reforços, o clube prioriza o equilíbrio financeiro, buscando atingir metas de vendas e tapar buracos no elenco com contratações pontuais, e somente se houver real necessidade.
💰 Finanças em foco: metas de venda e cautela com os gastos
O São Paulo encerrou a temporada 2024 com números preocupantes: uma dívida total de R$ 968,2 milhões e um deficit de R$ 287,6 milhões. Com esse cenário em mente, a diretoria definiu como prioridade atingir a meta de R$ 155 milhões em vendas de atletas, valor considerado essencial para a saúde do caixa em 2025.
Até agora, 76% dessa meta já foi atingida, e a ideia é continuar esse processo com inteligência e sem precipitação. Ou seja, se for preciso vender, será. E se for necessário contratar, também será, mas com critério, freio no orçamento e olho em oportunidades.
🧠 Contratações: só se for necessário (e barato)
A postura da diretoria é clara: nada de loucuras nessa janela. O São Paulo só irá ao mercado se encontrar peças com bom custo-benefício, especialmente atletas livres no mercado ou que possam chegar por valores baixos e salários dentro do teto tricolor.
🎯 Setores com prioridade
A principal urgência do elenco está no ataque, mais especificamente na busca por um centroavante que ajude a cobrir a ausência de Jonathan Calleri, que só deve voltar aos gramados em 2026, após cirurgia no joelho.
Além do camisa 9, o clube também observa a possibilidade de trazer um atacante de lado e um meia criativo, caso surjam boas oportunidades. Mas tudo dentro da realidade financeira.
Um nome que já foi sondado é o de Carlos Vinícius, atacante de 30 anos com passagem recente pelo Fulham, da Inglaterra. O jogador está em fim de contrato e se encaixa no perfil buscado pelo São Paulo: experiente, livre no mercado e disposto a negociar salários mais baixos. No entanto, ainda não houve proposta oficial, apenas um contato inicial.
🚪 Saídas à vista: quem pode deixar o Tricolor?
Com a necessidade de bater a meta de vendas, alguns nomes do elenco atual estão na mira para negociações. A diretoria entende que será inevitável se desfazer de certos jogadores para atingir os R$ 155 milhões desejados.
💸 Matheus Alves
A venda mais concreta no radar neste momento é a de Matheus Alves, meia campeão da Copinha pelo sub-20. O jogador atrai interesse do CSKA Moscou, que teria sinalizado com uma oferta de 10 milhões de euros. Apesar da sondagem, o São Paulo espera valor mais alto e ainda não fechou negócio.
⏳ Igor Vinícius
Outro nome que pode se despedir é o de Igor Vinícius. Com contrato até o final de junho, o lateral-direito não faz parte dos planos da comissão técnica e não há negociações para renovação. A tendência é de saída ao fim do vínculo.
⚖️ Casos indefinidos: decisões até o fim de junho
Três nomes do elenco têm contratos que terminam no fim de junho, e o clube precisa tomar decisões rápidas:
- Marcos Antonio: o clube deseja a permanência, mas esbarra na questão financeira.
- Ruan: também interessa à diretoria, mas o valor envolvido pode travar o negócio.
- Liziero: fora dos planos desde o início do ano, a tendência é de saída ao término do contrato.
Essas definições devem acontecer nas próximas semanas e terão impacto direto no planejamento para o segundo semestre.
🧩 Estratégia tricolor: cautela, criatividade e equilíbrio
Com um olho na tabela e outro na calculadora, o São Paulo tenta equilibrar competitividade com responsabilidade financeira. O torcedor pode esperar reforços? Sim, desde que surjam boas oportunidades e haja espaço na folha salarial. O foco é construir um elenco forte, mas sem comprometer ainda mais o futuro do clube.
E nessa janela, como sempre, quem chegar vai ter que vestir o manto com alma — e custo consciente.