🎭 Quando o apito se cala e a verdade fala alto
Em 2015, Guilherme Ceretta de Lima tomou uma decisão que surpreendeu o futebol brasileiro: abandonou a carreira de árbitro no auge, deixando para trás finais de Campeonato Paulista e convocações para o quadro da Fifa. O motivo? Segundo ele, foi vítima de perseguição dentro da CBF por também ser modelo.
O preconceito velado, segundo Ceretta, era parte de um ambiente tóxico e corporativista onde aparência, pensamento diferente ou atitude eram penalizados.
🧨 “É muita gente ruim junta”: a frase que ecoa nos bastidores
Hoje, com 41 anos e vivendo nos Estados Unidos, Ceretta segue no mundo da arbitragem, mas em um cenário bem mais modesto. Recentemente, ele foi barrado de apitar um jogo da MLS com Lionel Messi em campo — mais um capítulo curioso em sua trajetória.
Mas o que mais chama atenção são suas palavras ao avaliar o cenário atual da arbitragem no Brasil:
Infelizmente, não mudou nada. Se analisarmos, piorou o que já não era dos melhores. Precisamos evoluir muito. A mão de obra é péssima, com raros árbitros bons.
🔍 Nada mudou, e o que mudo… Piorou
Ceretta afirma que, fora o uso do VAR, nada evoluiu desde seus tempos de treinamento há mais de 10 anos. Os cursos, os métodos e até as mentalidades parecem ter parado no tempo.
Falei com alguns árbitros que estavam no treinamento, e a não ser o VAR, é tudo idêntico ao que eu fazia há 10 anos.
Essa crítica atinge em cheio a gestão da arbitragem brasileira, que segue acumulando erros em campo e polêmicas fora dele.
🧭 Um possível retorno?
Apesar de tudo, Ceretta não descarta voltar ao Brasil, mas para atuar em outra função, talvez como gestor ou formador de árbitros. Sua visão de dentro do sistema pode ser justamente o que falta para dar uma chacoalhada em estruturas tão engessadas quanto desacreditadas.